Na semana passada vimos uma pequena reportagem da revista Veja falando da opção de vida da Marcela Temer que optou cuidar da casa, do marido e filhos ao invés da vida pública. Uma vida que ela teve condições de ter e escolher.

Muitas foram às discussões sobre esse assunto, pois as que trabalham fora se sentiram desvalorizadas, achando que o modelo de mulher ideal é essa que fica em casa cuidando dos filhos e maridos. E há quem ache isso um absurdo.

Falando um pouco de mim, hoje vivo uma vida como do lar, cuidando da minha filha (e exercendo esse papel tão intenso que é ser mãe); marido e alguns afazeres da casa. Fora outras coisas que ainda faço, pois sou colunista desse site que vocês leitores e leitoras leem e toda semana tenho que separar um tempinho para escrever e postar (pois o site está desde janeiro do ar, mês que ela nasceu).

Na verdade a mulher é mais forte do que ela pensa. Ela consegue fazer mais coisas do que ela imagina. E eu me descobri assim depois que tive uma filha. Desde meus 15 anos trabalhei e tive meu dinheiro. Fiz faculdade; MBA em Gestão de Negócios (não cheguei a formar) e alguns cursos extras: Senai (Confeitaria); Negociação (Fundação Getúlio Vargas) entre outros. Abri uma livraria virtual achando que me daria bem, não geri bem e quebrei. Tive que fechá-la. Já levei altos tombos da vida e já acertei muito também. Já ganhei muito dinheiro e já perdi muito.

Enfim, hoje com 29 anos(beirando 30), me encontro como uma dona de casa; mãe e tendo mais responsabilidades do que imaginaria ter. Equilibrar os afazeres da casa com a filha (ela em 1° lugar sempre), marido; site; igreja; ministérios; entre outros afazeres, afinal, a vida não para.

Porém há tempo para tudo nesta vida. E penso que meu tempo agora é esse: exercer a maternidade e a vida no lar. Por quanto tempo? Sinceramente não sei. Está sempre nas mãos de Deus. A minha vida é Dele sempre. Sei que serei cobrada por todos perguntando: E aí, vai trabalhar? Com quem sua filha vai ficar? Você tem que ajudar seu marido... e por aí vai. Sei que tenho que ser forte o bastante para ouvir e deixar pra lá.

Sabe por quê? Porque a mulher sabe a vida que vive e tem. E ela, só ela sabe o quão duro ela batalhou pra chegar até o ponto que está. E de que mulher estou falando? Daquela que cuida da casa, do marido, dos filhos e dá muito duro pra manter tudo em ordem; daquela que além de fazer tudo isso sai de casa para trabalhar.

Da professora que acaba tendo que “educar” os alunos, tarefa essa que alguns pais deixam para a escola e pro mundo; da advogada casada e sem filhos que cuida dos seus processos e audiências intermináveis e tem que chegar em casa e cuidar do lar e do marido; pra mãe, esposa e enfermeira que tem que sair cedo e deixar a filha com a mãe para trabalhar, mas morrendo de saudades e doida pra voltar para casa para ficar com a filha e o marido e ainda arrumar a casa; pra esposa dedicada e aquela que tem seu próprio negócio e que tem a casa, marido e um cachorro pra cuidar; pra estudante solteira que trabalha o dia todo e faz faculdade, chegando em casa tarde e tendo que acordar cedo no dia seguinte; Enfim, estou falando de você mulher!

Na verdade, a mulher tem seu valor quando ela mesma se valoriza e não precisamos da sociedade impor um modelo para que possamos nos valorizar.

Eu sou bela, recatada e do lar, mas além disse sou mãe, sou esposa, sou guerreira e tenho muito valor. Lutei muito pra chegar onde estou e com a graça de Deus conquistei muitas coisas hoje que sou eternamente grata a Deus. Mas ainda quero e posso muito mais do que isso e vou à frente dos meus objetivos sempre. “ Porque pra mim o céu é o limite e eu já tirei meus pés do chão.” (Autor desconhecido).

E você? Sendo bela, recatada ou não; do lar ou empreendedora; profissional liberal; gerente; diretora; professora, não importa. Se dê o valor mulher e mostre que além de bela, você é e pode muito mais e vai além do que a cociedade dita ou acredita!

Vou encerrar com um recadinho da minha amiga e nossa colunista do site Patrícia Santos:

“Sou bela, recatada, advogada, esposa, filha, amiga, motorista, psicóloga, enfermeira, veterinária, artesã, sou do lar!, enfim, sou mulher! Nós mulheres lutamos tanto para conquistar nosso espaço em uma sociedade predominantemente machista e preconceituosa, por isso, só tem uma coisa que exijo das pessoas que convivem comigo: respeito pelas minhas escolhas. Independente de se do lar ou do bar, recatada ou desbocada, bela ou nem tanto, nós somos guerreiras e mais que vencedoras.” #ExijaRespeito #SerMulherLheBasta

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Fonte Imagem: arquivos pessoais