Diário de uma Viajante
Instituto Inhotim, maior museu a céu aberto da América Latina
O Instituto Inhotim, é um dos meus lugares prediletos, sempre que me pedem indicação de algum lugar legal próximo a Belo Horizonte, eu indico ir até Inhotim. Sei que sou meio suspeita para falar de lá porque já perdi as contas de quantas vezes já visitei, mas acredite nunca uma ida é igual à outra, é sempre uma nova descoberta, um novo olhar.
Localizado em Brumadinho, cidade mineira que fica cerca de 60 Km de Belo Horizonte e que possui uma população de 30 mil habitantes, Inhotim é a sede de um dos mais importantes acervos de arte contemporânea do Brasil e o maior centro de arte ao ar livre da América Latina.
O Instituto foi idealizado pelo empresário Bernardo Paz, que na década de 1980 idealizou um projeto que visava unir natureza e arte em um só espaço. O local recebeu visitas do famoso paisagista Roberto Burle Marx ( o mesmo que projetou os jardins da Pampulha em BH) e com o passar do tempo a propriedade particular foi se transformando no que é hoje, em 2002 foi fundada a fundação, em 2005 foi aberta para visitação de alguns grupos e em 2006, finalmente, foi aberta para visitação ao público em geral.
O Instituto Inhotim, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP, é a união de diversão e arte, um complexo que reúne obras de arte contemporânea, jardim botânico, alta gastronomia, além de projetos de inclusão, cidadania e educação, principalmente para a comunidade local de Brumadinho.
Para ter ideia, Inhotim possui nada mais nada menos do que 140 hectares de área de visitação. A entrada custa R$25,00 terça e quinta-feira, quarta (exceto feriado) a entrada é gratuita, e sexta, sábado, domingo e feriado a entrada é R$40,00 e a segunda feira não abre. E para dar conta de ir às áreas mais longes, indico utilizar o serviço de transporte interno com aqueles carrinhos elétricos (puro luxo, estilo os da globo) que custa R$ 25,00 por pessoa. Mas é claro, nada contra ir andando e desfrutando de uma paisagem incrível.
O acervo abrange esculturas, instalação, pinturas, desenho, fotografias, filmes e vídeos, todos espalhados pelo espaço arquitetônico. O acervo artístico abriga mais de 500 obras de artistas de renome nacional e internacional, como Adriana Varejão, Helio Oiticica, Cildo Meireles, Chris Burden, Matthew Barney, Doug Aitken, Janet Cardiff, entre outros.
E para você que assim como eu era curioso pelo o motivo do nome, existe uma grande lenda sobre a origem do nome Inhotim, segundo a população local, é que na época em que a cidade era tomada pela mineração existia um Senhor Inglês que era dono das terras que possuía o nome “Timot”, e que no mineirês virou “Nhô Tim” (Senhor Tim). E de tanto chamar de “Nho Tim” o lugar ficou conhecido e passou a ser chamado de Inhotim.
É muito difícil descrever com palavras o que é Inhotim, mas é válido lembrar que Inhotim se diferencia de outros museus por oferecer ao artista condições para a realização de obras que apenas em seu parque poderiam ser construídas. É simplesmente tudo grandioso e belo e sua infraestrutura agrada até mesmo aqueles que falam, nossa detesto museu.
Curiosidades e dicas:
- Vá de tênis (algumas obras se tiver de sapato aberto não pode entrar),
- Lembre se usar protetor solar e roupas leves (afinal, mesmo que opte por andar de carrinho, você irá andar bastante);
- É proibido usar o telefone celular dentro das galerias;
- Fique atento onde pode fotografar cada local tem a sua indicação;
- Não é permito fazer piquenique dentro do parque e nem levar alimentos na bolsa ou mochila,
- Não alimente os animais dentro do parque;
- Não é permitido entrar com animais domésticos, drones, bicicletas, patins, skates e outros equipamentos esportivos;
- Em 2014 o museu recebeu mais de 400mil visitantes,
Enfim, encante-se e depois me conte como foi sua experiência em Inhotim. E se tiver precisando de companhia também estou a disposição, afinal lá sempre é uma boa pedida.
Abraços
Fernanda Brito
