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Fique a Par:
Bem- vindos!!!

Desmane! Qual o momento ideal?


Amamentação em si só já é um tema bastante polêmica. O desmame então, é algo bem complicado de se discutir.


Se você reunir cinco mulheres em uma roda de conversa, com certeza terá três a cinco opiniões diferentes em relação a amamentação. Existem as extremistas (aquela que não amamentou x aquela que ainda amamenta seu filho com mais dois anos), as radicais (a OMS manda amamentar até dois anos), as neutras (que amamentou até seis meses, que amamentou até um ano ou um pouco mais e as que tanto faz).


Bem, meu objetivo não é contrariar nenhuma opinião. Acho que o mais importante é que todas as mulheres (e homens também) tenha o conhecimento sobre os benefícios da amamentação e saibam como superar as dificuldades que surgem durante neste período.


Eu particularmente, sempre sonhei em amamentar e fiquei frustrada quando percebi que minha produção de leite era pequena. Sim, isto existe, já falei sobre isto aqui no site, a baixa produção não significa leite fraco e sim pouco leite. Foi o que aconteceu comigo, tive parto normal, minha filha mamou com menos de uma hora vida, eu amamentava em livre demanda, não dei mamadeira nos primeiros meses, fiz tudo como manda os roteiros, coloquei em prática tudo que aprendi na faculdade e na pós-graduação e mesmo assim o leite não aumentou.


Muitas pessoas vão dizer que eu produzia o suficiente para sustentar meu bebê, mas só eu sei o que é ver um filho chorando de fome e você ordenhar o seio e não saía uma gotinha de leite sequer. Começávamos bem o dia, o seio estava cheio e a amamentação não tinha horário definido (livre demanda), porém por volta das 16/17 horas o seio estava completamente murcho, a minha filha sugava, sugava e não descia nada, eu sempre insistia, não desisti, mas realmente minha produção não aumentava.


Quando resolvi oferecer o complemento foi no copinho, pois seguia à risca as orientações dos grupos de amamentação para não introduzir chuquinhas ou mamadeiras, não queria nada que pudesse atrapalhar a sucção no seio e consequentemente um desmame precoce. Usei a tática de oferecer umas 30 a 60 ml de leite no copinho pra enganar um pouco a fome dela e posteriormente a colocava para sugar o seio, neste momento ela estava mais calma e sugava mais. E assim fomos muito bem.


Eu jamais iria desistir de amamentar, pois sei da importância daquelas gotinhas brancas para a saúde da minha filha. Até os 06 meses ela amamentava em livre demanda e uma vez por dia completava com fórmula. Aos 06 meses voltei a trabalhar e comecei a introdução alimentar primeiramente com frutas e depois com as papinhas salgadas (veja Introdução alimentar I e Introdução alimentar II). Como eu trabalho o dia todo ela amamentava 6 horas da manhã, 18 horas e antes de dormir. Nesta fase acabei introduzindo a mamadeira, com pouco de receio dela largar o peito, mas cedi. Além disso, eu fazia ordenha no serviço e ela tomava meu leite uma vez ao dia (não conseguia retirar mais que 150 ml) e nem minha mãe ou meu marido se adaptaram ao copinho.


Com 11 meses ela começou a acordar de madrugada e só voltava dormi mamando (desde os 04 meses dormia a noite quase toda). Eu com sono e cansada porque tinha que acordar cedo, acabava cedendo e dando de mamar. Com um ano e 15 dias ela recusou a mamadeira e o leite artificial de qualquer forma que fosse oferecido. E a partir daí as madrugadas tornaram-se terríveis, acordava a cada duas horas e eu cansada levava ela para a minha cama e oferecia o peito a cada resmungadinha.


O cansaço só foi aumentando e na madrugada do dia 08 de dezembro de 2016 resolvi desmamar. Foi mais dolorido para mim do que para ela. Acordei meu marido e falei que eu não aguentava mais. Ele a pegou, mas ela não parava de chorar. Tinha ouvido algumas amigas falando que desmamaram assim, quando a criança acordava o pai pegava e fazia dormi de novo. Aqui em casa não funcionou, na verdade não paguei para ver, não aguentava ouvi-la chorar, então eu a pegava no colo, conversava, dava água, até que ela acalmava e dormia.


Aquela teoria horrorosa (me desculpem os adeptos) de deixar chorando no berço jamais foi praticada aqui em casa, se queria chorar, chorava mas no meu colo.


Na primeira noite, (do dia 07 para o dia 08), ela acordou duas vezes, 2h (eu estava amamentando mas ela não parava quieta, subia em cima de mim, enfia ao braço no meu pescoço, as vezes me machucava, foi aí que dei o grito) e 5h, nesse horário dei uma mamadeira com iogurte (foi a única alternativa para substituir o leite artificial), durante o dia ela pediu “teteta” umas duas vezes mas conseguir distraí-la. Às 22 horas o seio estava cheio e dolorido, não resisti e dei de mamar. Quando ela acordou de madrugada foi aquele sofrimento de novo, mas não cedi. Na terceira noite ela acordou uma vez, na quarta noite acordou de novo, e da quinta noite em diante não acordou mais para mamar.


Durante o mês seguinte, de vez em quando ela lembrava e pedia “teteta” eu levantava a blusa e dizia “acabou, não tem mais teteta”, ela ficava olhando e depois distraia com outra coisa.


Hoje ela e eu dormimos muito bem. As vezes ela acorda de madrugada, mas só pegar ela no colo, embalar um pouco que ela voltar a dormir.


Sinto falta de amamentá-la, acho lindo e sei que minhas gotinhas brancas são valiosas pois minha pequena nunca adoeceu, nem uma febrinha ela teve neste 01 ano e 04 meses, porém desmama-la foi uma necessidade física e mental. Eu estava exausta, estressada e estressando todos a minha volta.


Se posso dar uma dica para vocês é: “Não se deixem influenciar, só você e seu bebê sabem qual a melhor hora para desmamar”. Você sempre vai ouvir: “esta criança está muito grande para mamar” ou “ela está fazendo seu bico de chupeta”, deleta estas frases e de preferência estas pessoas. Amamentação nunca é demais, e seu leite por menor quantidade que seja sempre terá algum nutriente importantíssimo para seu filho. Então amamente até quando isso lhes fizerem bem. E se resolver desmamar tenha paciência e o faça com muito amor.


Abraços.


Fabrinne Apolonio

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